terça-feira, setembro 6

no plástico

ancorou em tanga vermelha
deu um beijo de beira mar
bebeu sangue com mel
e o barco preso de promessas
fez as contas do passado colorido
arcos penas no céu pássaros
estalos de língua em clamor vertigem
quer passar pela moita e matar
o triste ronco azulado
olhar e ver nascer
raiz ramo uma gota de pique
um silêncio de seiva molhada
em você em mim