quinta-feira, maio 28

um ponto

apagar tudo com todas as forças, não deixar vidas nem rastros, descer a borrasca lavando os passos, a mais pura vingança contra os dias, aniquilar cada grão e as suas poeiras, assentar um vazio e o deserto, um nada pra ninguém, rasurar sem olhar pra trás, extinguir com mais tinta, contaminar o fundo com o surdo eco
deste derrame

Um comentário:

  1. quanto será que vale o nosso silêncio, né, amigo?
    Eu não sei qual o valor do meu, só sei que cansa calar. Mas falar também cansa, a voz que sai quebrando tudo às vezes fica muda por medo de mudar algo bem aqui, por dentro.
    Seus textos às vezes são portas abertas para mim mesma.
    bjs grandes e muito sucesso pra você, sempre, na sua vida, nas suas artes, nos seus palcos, em tudo.
    Cynthia

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