sábado, dezembro 19

velvet

Melhor esquecer o tempo perene da última mirada: investida com retorno vacilante, cúmplices deste passeio d'olhos que nunca avança, tapar ouvidos enquanto outros conversam pra ter a tua voz do outro lado da mesa, entrar no táxi, virar para trás e ver que não me perde de vista. Querendo empurrar a minha proteção pela tua goela, sacudir você todo, devorar os pelos que te restam no peito ainda desconhecido.
Pra que tanto cílios neste medo, baby?

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