segunda-feira, junho 14

daqui por diante

quando se via do alto
a água em pleno azul
um gosto ardido quente
do amarelo sobre papel
pés que sobem e descem
esquinas suadas noturnas
minutos em sopro suave
sobre rosto que era dois
aquele dia que ainda
se pensava em outro dia
que sereia pra voltar
que era um penúltimo
daqui a pouco um até
do canto de um encanto
que não volta não volta
e revolta o cartão postal
rasurado um dia rasgado
antes que salve toda dor
desta capital primeira
em longo deslembrar

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