quinta-feira, abril 23

caderno de caligrafia

As letras, agora, estão cada vez mais garrafais. Abandonou as curvas, a sensualidade das voltas sobre o papel, a aproximação da mão com o íntimo de um outro. É tudo direto, aberto na sua impessoalidade, sem os seus conhecidos hieroglifos. São caixas altas em berro, pedido de atenção e transparência. Sempre escreve assim quando se vê sozinho: ele se devassa.

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