sábado, abril 11

noir

Pela terceira vez: é difícil viver nesta cidade. A cada passo, uma violência. Evidente que iria acontecer com ele um dia e não teria como fugir. Dobra-se a esquina e se desdobra o mesmo enredo do vizinho. A chegada de mansinho, a arma em punho, uma vítima indefesa. O nome foje e o santo não ajuda. Lá vem os sintomas: alerta, arrepio e barriga em frio. É rua sem saída e altas horas quando ele vê que são dois na espreita. É morte sem sentença e pernas bambas, ele vai dançar, não há como fugir daquele par.
De olhos.

Um comentário:

  1. André,
    Há que se fazer um "ola" para seu texto. Ele é simplesmente divino. Só queria te agradecer, por estar aqui. Escrita nova e sempre incrivelmente deliciosa essa sua. Vá, em bom português, para seu texto: "UHU"! o novo caderno está ainda melhor. Esqueci de dizer da foto: s-h-o-w!

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